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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

,Adolescentes fazem reféns

Pará26/10/2011
Policial negocia a rendição dos assaltantes, na Duque de Caxias. Reféns foram libertados.   


Vítimas têm o carro invadido e ficam sob poder de dois rapazes de 16 anos por aproximadamente 50 minutos

Um casal foi feito refém por dois adolescentes durante aproximadamente 50 minutos, ontem à noite, no bairro da Pedreira, em Belém. A situação aconteceu na avenida Duque de Caxias, dentro do carro do casal, um Ecosport que foi invadido pelos acusados no momento em que o condutor reduziu a velocidade, no semáforo. Durante a negociação com investigadores da Seccional Urbana da Pedreira, os dois adolescentes pediram água, coletes à prova de balas, a presença da imprensa e de familiares. Eles mantiveram um revólver calibre 38 apontado para o motorista do carro, identificado apenas como João Augusto.

Segundo informações da polícia, os dois adolescentes, de 16 anos, abordaram o veículo no cruzamento da travessa Vileta com a avenida Visconde de Inhauma por volta das 21 horas. João Augusto havia reduzido a velocidade por causa do semáforo e, com o susto, travou as portas do carro, mas os acusados ordenaram que ele parasse o veículo e destravasse as portas. Os dois entraram e ficaram no banco de trás, enquanto João e a esposa estavam nos bancos dianteiros.

A dupla passou então a roubar os objetos do casal. "Eles pegaram a aliança da minha esposa, meu relógio e outros objetos, e pelo que entendi eles já iam descer do carro, mas perceberam a aproximação de um carro da polícia e foi nesse momento que um deles colocou o revólver no meu pescoço", disse o proprietário do carro.

"A ideia deles era fazer um assalto relâmpago, e não contavam com a perseguição policial", afirmou o investigador Vandeco. Policiais civis estavam em uma viatura quando foram avisados por um motoqueiro sobre o assalto. "O rapaz da moto informou que dois homens tinham abordado um carro e entraram no veículo, tomando de assalto. Ele nos passou as características do carro e nós iniciamos a perseguição", relatou o investigador Quirino.

O carro em que as vítimas e os adolescentes estavam foi perseguido por várias ruas do bairro da Pedreira, até a avenida Duque de Caxias, esquina com a travessa Curuzu, onde o carro parou e foi cercado por várias viaturas da polícia. Logo no início das negociações, os menores de idade pediram coletes à prova de balas. Em seguida, a presença de imprensa e de familiares, além de água.

A irmã de um deles foi a primeira a chegar. Ela contou que não sabia que o irmão era envolvido com crimes. "Ninguém da nossa família sabe disso. Foi um susto, tanto é que minha mãe preferiu nem vir até aqui", disse a jovem, que não se identificou. Ela pediu que o irmão se entregasse e liberasse os reféns. "Ele quer se entregar, mas o outro está com a arma e não aceita porque quer que venha alguém da família dele. Mas até onde eu sei nenhum parente quer saber mais dele", relatou.

A polícia não conseguiu que familiares do outro adolescente fossem até o local, então a namorada dele foi chamada. Ela chegou por volta das 21h45 e foi recebida com um pedido de beijo feito pelo adolescente. Após o beijo - que foi acompanhado pelas vaias de centenas de curiosos - o acusado entregou o revólver e em seguida ambos se renderam, liberando o casal. Os dois foram encaminhados para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data), onde deveriam comprovar suas idades. O revólver calibre 38 que eles tinham estava com cinco munições e foi apreendido.

Durante o tempo do assalto com refém, um enorme congestionamento formou-se na avenida Duque de Caxias, já que o trecho onde o veículo estava foi isolado pela polícia. Após a rendição dos adolescentes, a área foi liberada e o trânsito passou a fluir.


Fonte:Jornal AmazÔnia
Fotos:Sem Creditos
TODOS DIREITOS RESERVADOS.

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