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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Belém-Pa:Prédio centenário desaba no bairro do Comércio.(centro)

Pará,22/04/2011
Acidente ocorreu por volta das 2h de ontem (21), no Comércio. Escombros ocuparam parte da rua João Alfredo.


Parte de um prédio histórico desabou, na madrugada de ontem, no bairro do Comércio. Ninguém estava por perto no momento da queda. A edificação, que tinha dois pavimentos, fica na esquina da rua Conselheiro João Alfredo com a travessa Campos Sales. Os escombros tomaram parte da João Alfredo. Algumas barracas e parte da rede de energia elétrica foram atingidas pelo desabamento.

O perímetro ao redor do prédio foi interditado pelo Corpo de Bombeiros, já que ainda existe a possibilidade de uma parede da construção desabar. Enquanto o imóvel não for avaliado e periciado, o tráfego de pedestres só pode ser feito pela pela travessa Frutuoso Guimarães, avenida 16 de Novembro, rua Manuel Barata e travessa Padre Eutíquio. Segundo o Corpo de Bombeiros, o prédio é um anexo da loja de confecção Riachuelo e servia de depósito e guardava arquivo.

Em função do feriado de Tiradentes, o movimento de pessoas no local estava reduzido e poucas lojas abriram na manhã de ontem. Barracas de ferro de vendedores ambulantes que estavam montadas ao redor e às proximidades do prédio foram destruídas. Doze barracas foram atingidas. A metade delas foi totalmente destruída e a outra parte sofreu danos.

Até o final da manhã, nenhum ambulante das barracas atingidas apareceu no local do desabamento. Com a queda da construção, cabos de fornecimento de energia elétrica foram arrancados. Um poste foi tirado do eixo e ameaçava cair por conta dos fios que foram puxados. Funcionários da concessionária de energia elétrica foram acionados para fazer a troca dos cabos e do poste. Parte do centro comercial ficou sem energia elétrica durante o dia. O fornecimento só foi restabelecido à tarde.

Antes de se iniciarem os trabalhos de manutenção da rede elétrica, os funcionários da concessionária de energia aguardavam a vistoria do Corpo de Bombeiros para avaliar se seria necessária ou não a demolição da parede lateral do prédio, que está comprometida, na travessa Campos Sales. Portanto, os trabalhos de manutenção da rede elétrica só puderam ser realizados do lado de fora do prédio. Uma guarnição dos Bombeiros isolava a área para evitar o trânsito de pedestres no local.

'Não sabemos se tem mercadoria dentro. Sabemos que ele era usado como galpão. O Ciop (Centro Integrado de Operações Especiais) nos acionou e o desabamento aconteceu por volta das 2 horas. O poste de ferro era antigo e acabou não aguentando. O prédio é centenário', disse o subtenente Silvio, do Corpo de Bombeiros.

A corporação acredita que a chuva da madrugada tenha contribuído para o desabamento, pois os escombros estavam aparentemente molhados. Já o subtenente Ezequias levantou a hipótese de que o piso de madeira do segundo andar do prédio pode ter forçado as paredes do prédio que, por isso, foram ao chão. Mas apenas a perícia dos órgãos competentes, como Bombeiros, Defesa Civil e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, podem informar as verdadeiras causas do desabamento.

Os estabelecimentos em frente e ao lado do prédio foram impedidos de abrir, pois havia risco de novo desabamento. 'É um perigo isso aí. A maioria dos prédios é antiga. Foi uma sorte imensa não ter movimento e das lojas não estarem abertas. Já imaginou se tivesse alguém embaixo? A gente fica preocupado com o que pode acontecer', disse o vendedor Jonas Monteiro, que trabalharia em frente à construção.

A Defesa Civil Municipal também iria fazer uma vistoria na área do desabamento. Um responsável da loja se apresentou ao Corpo de Bombeiros, mas negou à reportagem que estivesse ligado ao estabelecimento comercial e não falou sobre o assunto. O prédio está em uma área em que a maioria das construções históricas são tombadas como patrimônio histórico. A reportagem tentou contato com Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Belém, em vão.
Fonte: Amazônia Jornal on line
Foto: Portal ORM
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